sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Poesias fesceninas - Romildes de Meirelles e Gilberto Baraúna



Beijo vagabundo


O começo é bem simples... um carinho,
os dedos deslizando suavemente
em sua nuca... este prazer crescente...
uma frase em sussurro, bem baixinho

ao pé do ouvido, a boca, o hálito quente,
nossa roupa de cama em desalinho...
Minha boca febril segue o caminho
que leva aos píncaros do gozo ardente!...

Depois... um beijo. Um beijo prolongado
vagabundo... que passando de um lado
para outro, vai seguindo instintos sábios

indo do rosto ao seio, indo do seio
ao ventre e acaba com a língua em meio
a leves toques nos pequenos lábios.


(do livro “Entardecer”, Editora do Poeta)



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