Dias
Prole do Tempo, Dias hipocríticos,
Tampados, mudos, dervixes descalços,
Seguindo sós em fila sem mais fim,
Com diademas e adornos nas mãos.
Oferecem regalos para todos,
Pão, reinos, astros e céu que os sustém.
Eu, em meu jardim curvo, olhava a pompa,
Esquecia os desejos matinais,
Na pressa, peguei ervas e maçãs,
E saiu e voltou, silente, o Dia.
Vi tarde, em seu solene aro, o desdém.
Days
Daughters of
Time, the hypocritc Days.
Muffled and dumb
like barefoot dervishes,
And marching
single in an endless file,
Bring diadems
and fagots in their hands.
To each they
offer gifts after his will,
Bread, kingdoms,
stars, and sky that holds them all.
I, in my
pleached garden, watched the pomp,
Forgot my
morning wishes, hastily
Took a few herbs
and apples, and the Day
Turned and
departed silently. I, too late,
Under her solemn
fillet saw the scorn.
(do livro “Grandes poetas da língua inglesa do
século XIX”, organização e tradução: José Lino Grünewald, Editora Nova Fronteira)
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