Não é possível
estar só
Mente quem não
sente
Da onde vem
O que utiliza o
homem?
Vem com o peso
Apesar de ser
Sofre e consome
Gente que não sabe
O que fazer se
Somente sou o que
Não sei. Roupa,
Rouba, almoço,
acessórios
De que fronteira?
Qual a mão que
afaga?
A janta tudo e
joga
Fora o que acho
que sei
Sendo di ver gente
Do que fazem de
mim
Noite vazada mal
cantada
Bêbado virou lixo
Ela passou e nem
olhou
A cuspida foi pra
mim
Que guardei de bom
grado
Cada globo
desviado
Olhar do alto do
salto
Pisado no asfalto
Perfume de estrume
Fabricado por
interesse
De quem ganha
milhão
Vendo da janela
Cobaias dormindo
no chão
Cão que ladra
Enxotado. café
Na goela é quente
Levanta fia, no
fio do dia.
Morador
de Senador Camará, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Bacharel em Teatro pela
Universidade Cândido Mendes e formado em Produção Cultural pelo Programa
Avançado de Cultura Contemporânea (PACC), da Universidade das Quebradas (UFRJ).
Um dos fundadores do Coletivo Peneira e do Movimento das Utopias e Fricções
Artísticas (Mufa), onde escreveu e atua no espetáculo ‘Urucuia Grande Sertão’ e
promove o ‘Sarau do Escritório’, na Lapa. Atualmente escreve para o blog www.pintocultura.blogspot.com
e prepara o seu primeiro livro de crônicas “Bisbilhotar”.
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