Colapsos
Pela manhã, a língua na virilha
Espasmo galopando o calcanhar
- casco amaciado - no travesseiro
- colapso - a boca dormente.
Pela tarde, o sussurro
próximo é cano entupido
e entre a cama e o chão,
há um salto duvidoso
quando a noite penumbra
a janela do vizinho
desfazendo permutas,
somos nós e o abismo,
o cansaço.
(do livro “Rio movediço”, Editora Verve)
Nenhum comentário:
Postar um comentário