terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Fernando Andrade



Será que éramos?
Antes do que venerávamos

Uma clareira?
Um parte do que errávamos
Quando saímos do caminho.

Será um passo de cada vez?
Aonde víamos os nossos percalços
Estas rotas falsas em vias de fato.

Será um fraco? um pé só? ou outro pé descalço?
Por que tudo se avermelha?
Por que tudo se levanta a uma certeza cartesiana?

Sim
Éramos domínios onde só existiam prevalência
Do lado destruído da ambivalência
Daquilo que desconhecíamos
Como sendo as abelhas em favos de mel
Um avô em 2 potes de vivência
Lambuzando escrutínios à neta em bules de conselhos,
-----------------------------------------------------------------
Depois que morremos, nos roubam de uma vez os olhos.


Jornalista, 44 anos, livreiro há dez anos. Trabalha atualmente na Biblioteca Parque Estadual. Tem dois livros de poemas lançados: Amizade e seu festim - edição do autor e Lacan por Câmeras cinematográficas. É colunista do site da Uol postando resenhas de cinema e literatura. E colaborador do site Ambrosia. Tem seu próprio blog de poemas e contos chamado Aliteração.



Nenhum comentário:

Postar um comentário