segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Ludwig Uhland

A coroa submersa

No alto daquele monte
Há uma casa pequenina,
Panorama deslumbrante
Da porta se descortina;
Livre e justo lavrador
Lá mora, que ao fim do dia
Cânticos ergue ao Senhor
E o gume da foice afia.

Embaixo um pântano existe
Sombrio, onde jaz no fundo
Coroa, em que já se viram
A glória e o poder do mundo;
Carbúnculos e safiras
Lá estão à noite a brilhar;
Ali ela vive há séculos,
Ninguém ainda foi a buscar.


Die versunkene Krone

Da droben auf dem Hügel,
Da steht ein kleines Haus,
Man sieht von seiner Schwelle
Ins shöne Land hinaus;
Dort sitzt ein freier Bauer
Am Abend auf der Bank,
Er dengelt seine Sense
Und singt dem Himmel Dank.

Da drunten in dem Grunde,
Da dämmert längst der Teich,
Es liegt in ihm versunken
Eine Krone, stoltz und reich,
Sie lässt zu Nacht wohl spielen
Karfunkel und Saphir;
Sie liegt seit grauen Jahren,
Und niemand sucht nach ihr.


(do livro "Cinco séculos de poesia", poemas traduzidos por Alexei Bueno, Record)


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