O mundo nos atém a toda hora
O mundo
nos atém a toda hora,
Ganhando e
gastando, força desperdiçamos;
Pouco vemos
na Natureza o que é nosso agora;
Mau negócio!
Nossos corações doamos.
O Mar que
se entrega ao luar,
Os ventos
que silvam em lufadas,
Minguaram
tal flores amarfanhadas,
Disso, em
tudo estamos a destoar;
E isto não
nos comove. – Deus! Prefiro ser
Um Pagão
na crença obsoleta nutrido;
E neste
agradável prado poderia ter
Vislumbres
que me fariam parecer menos perdido;
Ver Proteu
do mar aparecer;
Ouvir Tritão
soprar seu búzio florido.
The world is too much with us; late and soon
The world
is too much with us; late and soon,
Getting and
spending, we lay waste our powers;
Little we
see in Nature that is ours;
The Sea
that bares her bosom to the moon;
The winds
that will be howling at all hours,
And are
up-gathered now like sleeping flowers;
For this,
for everything, we are out of tune;
It moves
us not. – Great God! I’d rather be
A Pagan
suckled in a creed outworn;
So might
I, standing on this pleasant lea,
Have glimpses
that would make me less forlorn;
Have sight
of Proteus rising from the sea;
Or hear
old Triton blow his wreathed horn.
(do livro
“O olho imóvel pela força da harmonia”, Tradução e Apresentação: Aberto
Marsicano e John Milton, Ateliê Editorial)
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