sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Paulo Vellozo



CXVII - Versos íntimos

Vês?! De que te serviu tamanho nabo
E esse par de colhões, tão volumoso?
Somente o meu caralho - esse guloso -
Foi amigo sincero do teu rabo.

Acostuma-te sempre ao meu peru.
O puto que, no mundo miserável,
Mora entre machos, sente inevitável
Necessidade de tomar no cu.

Toma um ovo. Segura esta pichorra.
A foda, amigo, é a véspera da porra.
O pau que fode é o mesmo que esporra.

Se acaso no teu cu dei algum talho,
Peida no pau a tít'lo de desforra
E caga na cabeça do caralho.


(do livro "Poesias Pornográficas", organização: William Galdino e Barateza Duran, Editora Cozinha Experimental)



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