Morto-vivo
Há
na expressão morto-vivo
uma
certa maleabilidade
a
desdobrar-se até o predomínio
exíguo
de um termo sobre o outro,
ou
uma distância qualquer entre
eles,
a partir de sua ligação.
Dá
para imaginar também,
leitor,
esta expressão no centro
de
uma página; avulsa sobre
o
branco. E, de dentro para
fora
da página, alguém
a
percorrer aquela distância
qualquer.
Ou mesmo muitos.
Aí
seria preciso páginas
e
mais páginas. Ou livros
e
mais livros.
(do
livro “Antologia comentada da poesia brasileira do século 21”, organização:
Manuel da Costa Pinto, Publifolha)
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