Poesia...
... São os olhos teus
Essas duas preposições
Levando os pobres meus
A caminho de alucinações
Assim, encobertos de tesão
Os seus Finge-se disperso
E o quão perdidos na canção
E o beijo doce verso
Nada vê com fado
A estrofe de sua foda
Nada vê com o fardo
O que pousa sobre a cama
Sou ruim de ler, e não tardo
Aprendo toda a trama
Delicio linha a linha
As linhas dos linhos nus
E tua mão caminha
Lendo e sem luz
O que o texto me remete
O rebolando consoante
A lingerie cor de rosa
Sua perna sem colchete
A romã sua prosa
Me carimba no bilhete
A rimar com meu jeito
Seu ai e ai,
Sussurros de suas vogais
É uma jura uma deixa
Pra poesia do sexo não ter
pontos finais
(do livro "InCorPoros", Ciclo Contínuo de
Literaturas)
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