O monge faz o hábito
O tecido entrecortado
do hábito
faz do monge
o avesso do ditado.
Não é o monge
que faz o hábito.
O monge
não é o hálito
que recria o incriado.
Mas se o monge
faz o hábito,
o hábito faz do monge
o hálito
de seu pecado.
Tudo raro e sempre
claro:
na rima dessa esgrima
entre o monge
e o seu ditado,
seja aqui, seja lá ou
seja longe,
sopra o hálito do
diabo:
- ou o hábito é o
tecido
que tece o monge;
ou o monge é o vestido
que veste hábito.
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