Maria vestiu
branco
na quarta-feira.
A saia curta
o cabelo solto...
Risonha, dançava
livre pelas ruas
fétidas de
carnaval.
Pisava em
serpentinas mortas
bebia o que não
lhe pertencia
batucava sozinha
um surdo
imaginário
Perdera a festa
perdera o ano.
E não tinha volta,
Maria estava
atrasada.
Hanna Halm é de
Queimados/RJ, tem 20 anos e estuda História na UNIRIO. Nas horas vagas escreve
poesia e música, canta na banda Gambiarra e dá aulas de inglês.
Gostei. Senti-me com lendo um inteiro mistério e investigação de detetive e resolução... tudo num breve poema. Além disso, virei Maria com a poesia -- e senti no fundo da alma o impacto do atraso em minha vida louca com rimas inesperadas. E de repente o impacto de estar no tempo certo, mesmo que atrasado, pois Maria não se importa... e o surdo imaginário, para os poetas, é sempre real :)
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