sábado, 23 de novembro de 2013

Miguel Figueiredo de Souza



Ad Litteris et Verbis


Vivo mergulhado num caos de letras,
Que me vêm à mente, juntas, soltas,
Se embaralham, se misturam, se vão
E falam solitárias, belas ou rotas.

Fluem livres pelo papel
Rabiscadas, desenhadas, pintadas
Em forma, de forma, disformes
Com rima, buscando ritmo, estanques.

Desse caos saem palavras e versos,
Que em elo formam algumas estrofes
Onde retrato meu particular universo.

Nesse firmamento as leis são contrárias
A qualquer lógica contra seu caos,
Que impeça sua poesia – bela, torta, falha.


(do livro “Segunda coletânea de contos e poemas usina das letras”, Usina das letras)



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