O lugar que se habita
Na falta de mim
invento outro, muito mais violento,
como aquele no espelho partido
de mim enquanto pensava na primeira pessoa.
Na falta da palavra sim,
o que dizer do não,
do lugar que se habita?
Penso na primeira pessoa.
Aqui no branco
ou numa avenida estreita,
a margem é a mesma.
A sombra também.
(do livro “Via férrea”, Cosac Naify)
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