Espelho d'água
Através do espelho d'água
Vejo o reflexo da cidade
Que dorme
Disforme em sua realidade
Não posso ter os meus olhos
Como fonte de visão
Que pena
O brilho da realidade
Arde em cena
Repleto de escuridão
Vejo no espelho d'água
A luz que é ilusão
Afogada
É nada
No meu olhar a mágoa
O reflexo é mais concreto
Do que tudo que vê
Meus olhos abertos
Que triste
Em saber que insiste
Parecer real
O que não existe
(do livro "Só por... poesias!", EncantArte
Editora)
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