sexta-feira, 14 de junho de 2013

Isaac Frederico

Inebriante



Era virgem.

Até que, no limite,

Explodiram-lhe os hormônios.

Que libido resiste

Aos doces demônios

Clamando por sexo?


A primeira estocada

Abriu-lhe, dolorosa,

Os grandes lábios, inchados;

Tímida mas fogosa

Gozou como se em guerra.

 
Estocou no vente o fértil leite

Do macho que lhe fodeu

À alta madrugada;

E as gotas que lambeu

Da quente rola, já cansada –

As poucas que sobraram.

 
Fêmea inebriante,

Linda mulher e já completa,

Os bagos roçando-lhe as nádegas,

Cadenciando a foda seleta

Dos gozosos e amantes seres,

Ofegantes nos tantos prazeres

Da cópula, de amor repleta.

 
Já sem ar deitou-se, jeitosa,

Acomodou-se no peito parceiro,

Suspirou com uma graça felina

E fez-se um sonho fagueiro –

Total triunfo da Natureza,

Fêmea fodida feliz,

Em sua voluptuosa beleza.
 
 

(do livro "Poesias Pornográficas", organização: William Galdino e Barateza Duran, Editora Cozinha Experimental)
 
 

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