sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Marina V. Medeiros



Versos eróticos


in memoriam de Arnaldo V. Medeiros

Dás à outra o que me pertence.
Uma sombra de culpa
perpassou em teu olhar
enquanto sussurravas: perdoa.

Tuas mãos em concha colhem meus seios
e as brumas do ciúme e da mágoa
esvaindo-se deixam ver
teu membro hirto e fremente no qual monto
e num coito a galope
tombo em teu peito arfante
balbuciando: amor, eu lhe perdoo.


(do livro “Plástico Bolha – antologia de poesia”, Organograma Livros)




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