Versos eróticos
in memoriam de Arnaldo
V. Medeiros
Dás à
outra o que me pertence.
Uma
sombra de culpa
perpassou
em teu olhar
enquanto
sussurravas: perdoa.
Tuas mãos
em concha colhem meus seios
e as
brumas do ciúme e da mágoa
esvaindo-se
deixam ver
teu
membro hirto e fremente no qual monto
e num
coito a galope
tombo em
teu peito arfante
balbuciando:
amor, eu lhe perdoo.
(do livro “Plástico Bolha – antologia de poesia”, Organograma Livros)
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