sábado, 11 de maio de 2013

Do folclore - Apostolídis

Dísticos

 
2

 
Deixai meu coração, ânsias e penas estranhas;

Eu não aguento este fogo que me queima nas entranhas.

 

Manjericão de folhas largas, eram quarenta as que tinha;

Quarenta os que te queriam e no entanto foste minha.

 

A noite vem, mas eu peço à alvorada que não tarde

Para eu te dar os meus olhos, para minha alma acalmar-se.

 

9


Que tenho que, ao te ver, nas pernas e nos braços tremo?

Com todo o meu coração eu te amo, por isso peno.

Queres talvez com desprezo fazer-me empalidecer;

Em cravos rubros me torno só para te aborrecer.

 

27


Eu me torno andorinha e pouso no teu pescoço

Para beijar duas rosas que te enfeitam o rosto.
 
 
(do livro "Poesia Moderna da Grécia", Tradução: João Paulo Paes, Editora Guanabara)
 
 
 

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