Vulcão
enquanto se esperava jorrar
lava
seu coração entrava em
erupção
de flóculos de neve e
algodão
que do peito a cabeça o
relaxava
ao mesmo tempo em que
vulcanizava
minaz menino tinha a
sensação
simples do abraço e do
aperto de mão
pra inverter a implosão
dessa explosão
vulcão no peito, riacho
na perna
para que tudo ande e
ande líquido
e a dor de hoje não
seja eterna
certo que você mesmo é
o seu fluído
se o coração entrar em
erupção
de flóculos de neve e
algodão.
(do livro “A cachoeira do poema na fazendo do seu
astral”, Tomate Seco)