Moira
Este tempo
cabe no meu
corpo
corto-lhe o
molde
emendo
a gosto.
Este tempo é meu
(dizem-me)
ainda que me
imobilize os braços
que me sufoque o
peito
um aperto na
cintura.
Um céu tinto de
roxo
despenca sobre
mim
e suas gotas
lavam
a vidraça suja.
A tesoura range
e repete
que sou uma
deidade morta.
Mas o tempo é
meu,
envolve-me o
corpo.
(do livro “A
arqueologia da palavra e a anatomia da língua”, coordenação: Amosse Mucavele)
Baixe o livro aqui:
http://issuu.com/teatrofantasma/docs/miolo_antologia_poetica
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