quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A cachoeira do poema na fazendo do seu astral - Matheus José Mineiro



Vulcão


enquanto se esperava jorrar lava
seu coração entrava em erupção
de flóculos de neve e algodão
que do peito a cabeça o relaxava

ao mesmo tempo em que vulcanizava
minaz menino tinha a sensação
simples do abraço e do aperto de mão
pra inverter a implosão dessa explosão

vulcão no peito, riacho na perna
para que tudo ande e ande líquido
e a dor de hoje não seja eterna
certo que você mesmo é o seu fluído
se o coração entrar em erupção
de flóculos de neve e algodão.


(do livro “A cachoeira do poema na fazendo do seu astral”, Tomate Seco)



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