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Fodamos, meu amor, fodamos presto,
Pois foi para foder que se nasceu,
E se amas o caralho, a cona amo eu;
Sem isto, fora o mundo bem molesto.
Fosse foder após a morte honesto,
“Morramos de foder!” seria o meu
Lema, e Eva e Adão fodíamos por seu
Invento de morrer tão desonesto.
É bem verdade que se esses tratantes
Não comessem do fruto traidor,
Eu sei que ainda fodiam-se os amantes.
Mas caluda e me enfia sem temor
Esse pau que à minha alma, em seus rompantes,
Faz nascer ou morrer, dela senhor.
E
se possível for,
Quisera eu pôr na cona estes colhões
Que tanto prazer são espiões.
9
Fottiamci, vita mia, fottiamci
presto,
Poi che per fotter tutti nati siamo,
E se il cazzo ami tu, la potta io bramo,
Chè il mondo saria nullo senza questo.
Se dopo
morte il fotter fosse onesto,
Direi: fottiamci tanto che moriamo,
Chè di là fotteremo Eva e Adamo,
Che trovorno il morir sì disonesto.
Veramente
egl’è ver che se i furtanti
Non mangiavan quel pomo traditore,
So ben che si fottvano gli amanti.
Ma lasciamo
le ciance e sino AL core
Ficchiamo il cazzo e fa che mi si schianti
L’anima, che nel cazzo or nasce or muore
E se
possibil fore
Vorrei por nella potta anche i coglioni
D’ogni piacer
fottuti testimoni.
(do livro “Sonetos luxuriosos”, Tradução: João Paulo
Paes, Má Companhia)
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