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há uma mulher deitada ao meu lado
ronronando um ronronar tão belo
num corpo que pulsa
em curvas de violoncelo
suas nádegas redondas
macias e pedintes
gritam por carinho
eu faço...
a mulher desperta serpenteando
sua volúpia matinal
e pronuncia meu nome
enquanto afaga meu corpo
[é estranho quando acordo
e não reconheço o lugar
onde me deito
mas é muito bom acordar
e lembrar de tudo
desse jeito]
(do livro “22 devaneios de um poeta à deriva”, Mórula Editoral)
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