Da noite, qual mar revolto, soltam-se os véus sobre
mim,
trazendo angústias que põem à prova.
Quando ela saltou como um corcel negro e tombou,
exausta,
sobre o próprio peito, bradei:
Oh, noite longa, teus olhos não se abrirão na
aurora? Manhãs
melhores não surgirão de ti?
Que noite és! Pois tuas estrelas parecem atadas, por
fios bem
trançados, ao Monte Yadhbul;
como se as Plêiades fossem, por cordas de linho,
suspensas
de um mourão sobre a mudez dos penhascos.
(do livro “Os poemas suspensos”, tradução direta do
árabe, introdução e notas: Alberto
Mussa, Editora Record)
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