terça-feira, 20 de agosto de 2013

O porto - Julia Mendes

Como palavras inúteis



escrevo

feito palimpsesto

gozo na palavra metafísica

urro em cama de molas

corro nua e gorda

melancolia frozen

recorto

elegantismos

deixo só

o silêncio carregado de ‘cousas

vem agora

espera a

hora da morte
 

(do livro “para um corpo preso no guindaste”, Editora Patuá)


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