sábado, 7 de junho de 2014

Marina Tzvietáieva



À vida


Não roubarás minha cor
Vermelha, de rio que estua.
Sou recusa: és caçador.
Persegues: eu sou a fuga.

Não dou minha alma cativa!
Colhido em pleno disparo,
Curva o pescoço o cavalo
Árabe –
E abre a veia da vida.

1924
(Tradução de Haroldo de Campos)


(do livro “Poesia Russa”, traduções de Augusto e Haroldo de Campo com revisão e colaboração de Boris Schnaiderman, 3ª edição, Editora Perspectiva)



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