domingo, 1 de junho de 2014

Mario Quintana



Desespero


Não há nada mais triste do que o grito de um trem no silêncio noturno. É a queixa de um estranho animal perdido, único sobrevivente de alguma espécie extinta, e que corre, corre, desesperado, noite em fora, como para escapar à sua orfandade e solidão de monstro.


(do livro “Mario Quintana”, seleção: Fausto Cunha, Global Editora)



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