Bandeirana, pensando em ratzel
entrei
no salão
corte-me
as unhas
há
um rasgo profundo em seu meio
a
mulher sorriu-me
o
riso louco e vingativo
tinha
eu visto o homem
que
chama seu
comia
até virar porco
junto
à grande porca branca
deusa,
amante, real
pegou-me
os pés
seguiu-se
às mãos
e
o riso foi-se
alargando
num sem-fim
estatuária
expressionista
alijou-me,
sim, mas não da memória
sangue
corrente em minha carne
cáucaso,
initerrupta ave
(do
livro “A duração do deserto”, Editora Patuá)
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