Entre a lua e o sol
Digo-te graciosa e luminosa
Tua nudez lambe meus olhos de criança
E é o êxtase de caçadores felizes
De ter aumentado uma caça translúcida
Que se dilata numa jarra sem água
Como um grão à sombra de um seixo
Eu te vejo arabesco atado
Agulha lenta a cada volta do relógio
O sol se instala ao longo de um dia
Raios entrelaçados tranças do meu prazer.
(do livro “Últimos poemas de amor”, tradução: Maria
Elvira Braga Lopes e Gilson Maurity, Ibis Libris)
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