terça-feira, 29 de julho de 2014

Juliana Amato


hace um año que te fuiste
tan pronto irás, una vez más

neste exato momento me vejo num quarto
fechado
frestas abertas, a janela
você ainda criança atrás da cortina
observa

você, observo seu olhar
compreende:
não existe mãe no brasil
não existe casa, essa casa, aqui


há o futuro e há tudo
há milhares de rochas
pedras pontiagudas
traiçoeiras

pensa na sua casa
sua casa tão longe, aqui,
uma pedra quente
e lisa


Juliana Amato é paulista. Edita, traduz, revisa e escreve. Publicou em sites, coletâneas de contos, de poemas, de traduções – reais e virtuais. Tem muitos projetos que ainda não saíram dos planos, mas entre os que já existem estão: Brevida (EDITH, 2011), diário aleatório (diarioaleatorio.co) – site/livro em parceria com Thany Sanches e Jezebel (www.boca-santa.com/boceta), ilustrado por Mariana Coan, integrando o projeto Boca Santa. Os poemas selecionados fazem parte de correspondência, seu primeiro livro de poesia, a ser lançado em agosto pelo selo Poesia Menor. Escreve há algum tempo no microclima (julianamato.blogspot.com), que está um pouco abandonado, mas pretende renascer dos escombros.



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