hace um año que te fuiste
tan pronto irás, una vez más
neste
exato momento me vejo num quarto
fechado
frestas
abertas, a janela
você
ainda criança atrás da cortina
observa
você,
observo seu olhar
compreende:
não
existe mãe no brasil
não
existe casa, essa casa, aqui
lá
há
o futuro e há tudo
há
milhares de rochas
pedras
pontiagudas
traiçoeiras
pensa
na sua casa
sua
casa tão longe, aqui,
uma
pedra quente
e lisa
Juliana Amato é paulista. Edita, traduz,
revisa e escreve. Publicou em sites, coletâneas de contos, de poemas, de
traduções – reais e virtuais. Tem muitos projetos que ainda não saíram dos
planos, mas entre os que já existem estão: Brevida
(EDITH, 2011), diário aleatório
(diarioaleatorio.co) – site/livro em parceria com Thany Sanches e Jezebel (www.boca-santa.com/boceta),
ilustrado por Mariana Coan, integrando o projeto Boca Santa. Os poemas
selecionados fazem parte de correspondência, seu primeiro livro de poesia, a
ser lançado em agosto pelo selo Poesia Menor. Escreve há algum tempo no microclima (julianamato.blogspot.com),
que está um pouco abandonado, mas pretende renascer dos escombros.
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