sexta-feira, 25 de julho de 2014

Lourença B. Noronha



pulsar

ah! pudesse eu tirar de tua espera
este desejo etéreo
selaria em teu corpo
a fome de saciar-se para além do poema

entretanto
(sempre tanto entre)

nas horas mortas
minha cama devora versos e poeta
a mente mendiga de sonhos
deita a poesia num vidro de arsênico

porém
na sintaxe das pulsações
mastigo trevas
salvo vasos
e amanheço

outra vez
língua sedenta do veneno de teus versos


Mineira das terras vermelhas de Drummond, passou pela academia de onde saiu professora. Foi só o início. Pisciana que é, descobriu-se muito mais aprendiz. Abandonou a sala de aula, passando a trocar conhecimentos fora dela. Depois de anos trabalhando com Educação, virou a mesa. Foi aprender as regras do mundo empresarial onde se equilibra até hoje. Da academia guarda ainda a fome de conhecimento. Especialmente de si mesma. Por isso escreve. E se joga no mundo das letras através de participações em inúmeras coletâneas e publicações outras – no papel e em sites de literatura. Teve blogs. Mais de um.
Hoje tem, sobretudo, a vontade imensa de ser palavra. Esta que dialoga com a realidade e a fantasia; esta que determina a vida que se esconde por dentro e a vida que se olha de fora.



Nenhum comentário:

Postar um comentário