paraquedistas
escrever é dedicar
os dedos à marcenaria
de qualquer jardim
desatamos as mãos
e a tontura que dá
vem do alto
o cair das nuvens folhas
passarinho avião papel
picado a lua no mar
silêncio de planta, euforia
de cama elástica, alegria
de piquenique no parque
e tanto carinho
guardo pra você
numa luva de boxe
(do livro "Balé", Línguas Geral Edições)
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