A Fernando Pessoa
Se é corrigir o que se foi,
e pensar o passado na garganta do amanhã.
É crispar o sono dos infantes,
com seus braços de inventar as buscas
em caminhos doidos e distantes.
É caminhar entre o porto e a lenda
de um tempo arremessado contra o mar.
Domar o leme das nuvens, onde mora
o mito e a glória de um deus a naufragar.
(do livro “50 poemas escolhidos pelo autor”, Edições
Galo Branco)
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