Sobre o grande gramado
crianças apiedam-se
de um pássaro morto
o tempo é outro
regendo seu corpo
Árvores frondosas
respiramos tua sombra
esquecidos que houve
o fruto entre as folhas
cujas cores proferiam o podre
e a náusea nos impedia de colhê-lo
Ilegível aos olhos humanos
poderão os anjos lê-lo?
Difícil signo elegido
pela poesia como insígnia
de uma praça inscrita
no coração da cidade:
Dia ainda luminoso
quando enforcou-se
o andarilho encenando
um fruto suspenso
Para a ceia indigesta
reuniram-se os homens
O jornal local interpelou
testemunhas que viram
um estrangeiro esmolar
por ruas próximas
na desolação da tarde
Não há memórias
no olhar maciço
o busto de bronze
apenas ampara
o pouso dos pombos
Difícil signo elegido
pela poesia como insígnia
de uma praça inscrita
no coração da cidade:
crianças apiedam-se
de um pássaro morto
o tempo é outro
regendo seu corpo
Árvores frondosas
respiramos tua sombra
esquecidos que houve
o fruto entre as folhas
cujas cores proferiam o podre
e a náusea nos impedia de colhê-lo
Ilegível aos olhos humanos
poderão os anjos lê-lo?
Difícil signo elegido
pela poesia como insígnia
de uma praça inscrita
no coração da cidade:
Dia ainda luminoso
quando enforcou-se
o andarilho encenando
um fruto suspenso
Para a ceia indigesta
reuniram-se os homens
O jornal local interpelou
testemunhas que viram
um estrangeiro esmolar
por ruas próximas
na desolação da tarde
Não há memórias
no olhar maciço
o busto de bronze
apenas ampara
o pouso dos pombos
Difícil signo elegido
pela poesia como insígnia
de uma praça inscrita
no coração da cidade:
A esperança em contemplar
crianças apiedarem-se
de um pássaro morto
crianças apiedarem-se
de um pássaro morto
Sou Gustavo Petter, nasci em 1984. Moro em
Araçatuba/SP. Para mim signos eróticos e obscenos, anti-religiosos,
meta-poéticos e associações livres coabitam com a materialidade da palavra e
uma contemplação oriental no corpo do poema. O poema não admite policiamentos
morais, estéticos. A liberdade possível é a linguagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário