O banquete
Em meio a desorganização o sopro fechara a última
janela, abrindo os sentidos dos bacanais entrecortados por cenas dantescas que
lembravam o som do abismo... por alguns instantes tudo se pôs em trevas... o
silêncio que seguira cobrava instintivamente o final do festim em um mundo
petrificado por acúmulo de falta de beleza... os vilões desconfiados se retiram
do banquete que comemorava a vitória do nada... da janela entreaberta se
avistava o princípio do fim da soberania doentia das paixões bestiais, que
envaideciam os sentidos e castravam a imaginação que proporcionariam ao homem o
direito de ser criança.
(do livro “Poesias Encantadas VI – Antologia Poética Nacional”,
organizador: Luciano Becalete, Projeto Poesias Encantadas)
"O banquete" produção com muito carinho a vocês...
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