Nenhuma palavra
É dita assim fácil
É preciso
Arrancá-la da pele
Tirar o sangue
Do medo
Ninguém escreve uma palavra
Assim fácil
É preciso olhar
Seu rosto disforme
Para contá-la
E ao contá-la
É preciso reconhecê-la
E estamos oferecendo
A eternidade do erro
E é provável
Que ela volte
E nos será cobrado recebê-la
Escrever nunca é fácil
É mais um traço
Na parede de um condenado
(do livro "Os dentes da delicadeza" - Não
Editora)
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