Algodões de Giz
O
acabamento da obra. A degustação do aperitivo e do processo. Manter a calma.
Suco de maracujá. Lembrar-se de respirar. Lembrar-se de esquecer. Se acostumar
com a saudade e com a ausência dele na cadeira ao lado. O acontecer no agora e
não no porvir. Rabisco de desejo na brecha do intervalo. Sinos silenciosos. Luz
elétrica. Azulejo desbotado. A água sanitária. Dor de cabeça, nas costas e nas
pernas. Caminho errado para a farmácia. O famoso desconserto. Nenhuma mensagem
no celular. Caminhada pelo calçadão. Cansaço humano. Lixo. Funk e Rock
clássico. Brinquedos pirateados. Crianças roubadas de si. Mochila rasgada.
Palavras encostadas no ouvido. Beijo sabor nuvem. Coração pedra molhada de
cachoeira. Van. Túnel do tempo. Mãos perdidas. Sentimentos perdidos. Outros
achados. Doce feito de algodão na ala onírica.
Janaina
Tavares, nascida e criada em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Estudante de
Letras-Espanhol na UFRRJ. Foi do Movimento Estudantil e hoje atua na área da
cultura liderando o Sarau V em Nova Iguaçu.
a-do-ro! Janaína! esses seus poemas-paisagens são muito legais !! até porque não vejo muitos deles por aí, acho que é seu estilo mesmo, e ficam bem legais na sua voz!! adoro vozes tb, amo mesmo sua voz! valeu queridinha!! bejo bejo - xandu
ResponderExcluirQue delícia! Um beijo sabor nuvem pra você Janaína!
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