Maio
Para
Armando Freitas Filho
essa voz que escapa como fiapo
estria na pele imperceptível
pinga no vidro e derrama, maio
chega na ponta dos pés
com dias curtos e correntes
de ar. por pouco não despenca
(outono é ponte) e desafina,
mas maio se mantém meio
bambo na corda, se espirra
cambaleia, em maio dá vontade
de dormir até mais tarde
(do livro “Dobraduras”, Editora 7Letras)
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