Segunda elegia
(primeira estrofe)
Todo anjo é terrível. No entanto, ai de mim, eu vos
invoco,
pássaros quase mortais da alma, sabendo quem sois.
Tempos remotos de Tobias, em que o mais radiante
dentre vós
aparecia no limiar da humilde, sem intimidar,
para a viagem levemente disfarçado (jovem que outro
jovem,
curioso, contemplava). Adiantasse agora o Arcanjo,
ameaça de trás das estrelas, um passo apenas
para o nosso lado: no grande sobressalto
destruir-nos-ia i próprio coração. Quem sois?
(do livro "Elegias de Duíno - edição
bilíngue", Tradução e comentários: Dora Ferreira da Silva, Editora Globo)
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