Insônia
Tranquilas e desoladas
as águas de teu sono.
Tu não o sabes, tu.
Nossos quartos agora estão vazios.
Mesmo o sopro da brisa foge
como um rato do navio que afunda.
Tu não o sabes, tu,
mas eu não ouso tocar
a tua mão.
O relógio canta
e tu respiras.
De maletas vazias na mão,
embarco para longe.
Aquele que tropeçou, tropeçou
dizem
que aquele que traiu traiu
dizem
que aquele que está só está só
dizem
que aquele que partiu, partiu
dizem
que aquele que esqueceu, esqueceu
dizem
que aquele que não está contigo
dizem que se foi embora
dizem que esqueceu.
(do livro "Prosa e poesia de Israel",
Tradução: Cecília Meirelles, Edição especial do Departamento Cultural da
Embaixada de Israel, 1968)
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